Corre o crepúsculo em minhas veias,
Para que meu sangue destile a sedução
De eu ser tu quando em ti me faço poesia.
Da Palestina vim, Foi árdua a minha senda.
Areias de ouro e sol, nocturnos de alvo frio,
Silêncios de oração velando a minha tenda,
Sorrisos de manhã florindo em meu peito.
Um ventre, deu-me este corpo ao mundo,
Não sou de terras do além, “Sou Lenda”
Sou matéria que, em um segundo,
Voa em sonho, quando me fazes tua.
Nas pétalas do meu sonhado amor-perfeito,
Vim do céu, em terras distantes...
Em terras de Abrahão,de seu sonho...nasci,
De cor e fantasia em pertinaz contenda.
Num barco florais, atravessei o deserto,
Tudo que me quis, um sonho de criança
Voei por verdes mares até aqui chegar,
Não sou fantasia, corre o crepusculo...
Em minhas veias, meu sangue destila,
A sedução, eu sou tu, quando em ti me,
Faço Poesia.
Sou como o Lirio Dos Vales...
Não Me Imitem,
Um ventre, deu-me esta vida
E a vida deu-me este Nome.
Não tente tornar-se semelhante...
A Mim...
Sou imagem, mente,
Corpo e perfeição.
Da Palestina eu vim...
Sou o lirio dos vales...
Sou única...
Sem semelhança!!!
lenda.
Na hora em que a cidade silencia
Uma alma mergulha em doces devaneios
Procura incessante o que talvez não exista
Mas sente com demasiada força
A certeza de que é concreto
Vaga pelo espaço errado
O tempo é irreal
Pesadelo das outras almas
É difícil entender
Porque tamanha raridade
Foi entregue a um corpo
Num mundo de sonhos vazios
Onde a essência
Não é ensinada
E muito recriminada
Tem asas tão grandes
Voa bem alto para se alimentar
Do brilho dos corpos celestes
Enquanto a matéria
Presa no quarto solitário
Perde a cada dia seu complemento
Quem se esforça em ouvir os mais puros sentimentos
Percebe o sofrimento e agonia
De não ter o que deseja
Aquela alma fugidia
Que encontrou o que queria
E depois perdeu.
lenda
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